Cirurgia Oral
A CIRURGIA ORAL compreende todo tipo de procedimento cirúrgico realizado sob anestesia local, sedação ou anestesia geral na cavidade oral e dentes. Todos os procedimentos descritos abaixo são realizados por cirurgiões-dentistas, no consultório ou em um ambiente hospitalar. Não existe a necessidade de um cirurgião-dentista ser especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial para poder realizar estes procedimentos, basta ter treinamento para tal, porém o especialista certamente terá maior capacidade de levá-lo sem maiores complicações pelas etapas pré, trans e pós-operatória. Dentre as cirurgias orais, destacaremos alguns procedimentos de grande importância, para que os pacientes entendam melhor os passos envolvidos.
Terceiros molares (Sisos)
A cirurgia dos terceiros molares é algo que ainda assusta alguns pacientes e suas famílias. Isto não deveria mais acontecer, visto que as técnicas atuais permitem um procedimento rápido e sem muitas complicações.
Passar 2 ou 3 horas na cadeira para se remover um dente, nos dias de hoje, é algo inconcebível. Por isso é importante a procura de um especialista em cirurgia para realizar este procedimento.
Certamente, o especialista em cirurgia é o mais capacitado para este tipo de procedimento, ele tem a formação e experiência para isso, ao contrário de muitos clínicos gerais que acabam por tentar realizar esta cirurgia.
O conforto pode também ser obtido, realizando esta cirurgia em sistema Day-Hospital. Levamos nossos pacientes para um hospital e realizamos a cirurgia com o paciente dormindo, ou seja, ao acordar, já está feito e nenhum stress adicional ocorreu, e após algumas horas é possível retornar para casa. A vantagem é que não existe ônus adicional, visto que os planos de saúde cobrem a internação hospitalar. Caso o plano não cubra, também é possível utilizarmos o day-hospital de forma particular, com baixíssimo custo.
Ou seja, o misticísmo que existe sobre a cirurgia dos dentes do siso, ou outros dentes inclusos, não tem porquê continuar, é possível realizar estas cirurgias com conforto e segurança.
Tipos de inclusões ou semi-inclusões dos Terceiros Molares (Sisos)
A cirurgia para a remoção ou aproveitamento dos dentes inclusos, como a cirurgia dos terceiros molares, também é algo que assusta alguns pacientes e familiares. Nos dias atuais, com técnicas e instrumentais cada vez melhores, não há porquê se preocupar ou ficar receoso deste procedimento.
Da mesmo forma dos terceiros molares (dentes do siso), passar mais de uma hora na cadeira para se remover qualquer dente ou aproveitá-lo através de colagens de artifícios ortodôntico para tracinamento dental, não é aceitável, pelo menos nos dias de hoje, pois dispomos de várias técnicas para nos favorecer e acelerar a cirurgia. É exatamente por isso que se deve procurar o especialista em cirurgia. Ele é o mais capacitado para este tipo de procedimento.
Existe também a possibilidade de melhorar o conforto cirúrgico, realizando esta cirurgia no sistema Day-Hospital. Levamos nossos pacientes para um hospital e realizamos a cirurgia com o paciente dormindo, ou seja, ao acordar, já está feito e nenhum stress adicional ocorreu, após algumas horas.
COLAGEM DE BRAQUETES OU BOTÕES PARA TRACIONAMENTO ORTODÔNTICOO tratamento ortodôntico tradicional sempre utilizou técnicas cirúrgicas de auxílio ortodôntico para alcançar os objetivos necessários para a correção do mau posicionamento dental.
Quando dentes não aparecem no boca, mas não existe a indicação de sua remoção (como é comum com os dentes do siso), a ortodontia pode aproveitá-los através do tracionamento orto-cirúrgico.
A cirurgia nada mais faz do que expor o dente, permitindo que se cole um botão ou outro acessório da ortodontia, e através dos fios ortodônticos faz o seu tracionamento.
Este é um procedimento relativamente tradicional na ortodontia e cirurgia e ganhou uma melhora tecnológica importante com o advento de mini-implantes para auxílio ortodôntico.
Com os mini-implantes, todas as manobras de ancoragem e tracionamento ficaram mais fáceis e os resultados podem ser normalmente acelerados quando comparados com técnicas tradicionais.
Técnica utilizando mini-implantes, permitindo que o fio de amarrilho ou molas sejam colocados diretamente no mini-implante. Esta técnica evita movimentos dentais indesejáveis, visto que o travamento do mini-implante é diretamente no osso. Veja a foto ao lado.
A ancoragem ortodôntica tem sido motivo de preocupação para os ortodontistas desde os primórdios da especialidade. Uma terapia ortodôntica bem sucedida, na grande maioria das vezes, depende de planejamento criterioso da ancoragem, não sendo exagero afirmar que este fator é um dos determinantes quanto ao sucesso ou insucesso de muitos tratamentos.
As diversas formas de ancoragem descritas na literatura, como barra-lingual e transpalatina, botão de Nance, elásticos intermaxilares e aparelho extrabucal, apesar de eficientes em muitos casos, permitem certo grau de movimentação da unidade de ancoragem ou são dependentes da colaboração do paciente. Sendo que, para o tratamento de más oclusões mais severas, otimização de resultados com mecânicas mais simples ou, ainda, diminuição do tempo de tratamento, atualmente, o ortodontista pode lançar mão de dispositivos transitórios de ancoragem esquelética.
Com a utilização dos mini- implantes ou mini-placas, surge um novo conceito de ancoragem em Ortodontia, denominado ancoragem esquelética, a qual não permite a movimentação da unidade de reação. Ela é obtida devido à incapacidade de movimentação da unidade de ancoragem frente à mecânica ortodôntica.
As cargas ortodônticas de natureza contínua, unidirecional e de baixa magnitude não são capazes de gerar atividade osteolítica na interface óssea do implante, sendo que a ausência de movimentação nestes aparatos permite maior previsibilidade de tratamentos complexos, independente da cooperaçãodo paciente.
CIRURGIAS APICAISA cirurgia apical moderna avançou muito em tecnologia para permitir resultados cada vez mais previsíveis e satisfatórios.
As lesões apicais geralmente ocorrem decorrentes da necrose do feixe vascular e nervoso do canal (a Polpa do dente) Uma vez que o dente "morre" é necessário o tratamento do canal, para remover os tecidos necrosados, limpando os canais do dente, permitindo que o organismo repare o osso na porção apical (ápice) do dente para não ocorrer o abscesso - que é um processo infeccioso decorrente da necrose da polpa do dente.
O tratamento de canal, eventualmente não remove a infecção que foi para o osso, remove apenas o que está no canal do dente, sendo assim, a cirurgia apical entra em cena para auxiliar no sucesso do tratamento.
Segue abaixo uma explicação de uma cirurgia apical:
Passos da realização de uma cirurgia apical com apicectomia:
fig. 1: lesão apical presente
fig. 2: cirurgia realizada
fig. 3: osso cicatrizado
LESÕES BENIGNAS (CISTOS E TUMORES DOS MAXILARES)A maioria dos Cistos e Tumores dos Maxilares aparecem devido a distúrbios que ocorrem nos tecidos que deram origem aos dentes, por isso são chamados de odontogênicos, e normalmente são benignos (não são cânceres).
São lesões muito comuns em odontologia, geralmente indolores e descobertos por radiografias de rotina em consultórios odontológicos ou sendo notados quando infectados ou atingem grandes proporções.
São de crescimento lento e geralmente estão presentes próximos à ápices dentais ou à coroas de dentes inclusos, tanto em maxila quanto em mandíbula.
Praticamente, estas lesões benignas são de tratamento cirúrgico, que consiste na excisão do tumor ou remoção da cápsula cística e curetagem no interior da loja. Esta manobra é chamada de enucleação, procedimento de escolha na maioria dos casos, eventualmente, podemos realizar também a marzupialização, que é a descompressão da lesão, permitindo uma diminuição de tamanho e posterior remoção. . Há casos, porém, onde está indicada a enucleação seguida de enxertia óssea.
É muito importante o diagnóstico e o tratamento precoce, visando a cura através de uma cirurgia menos agressiva.
Abaixo estão algumas fotos de cistos e tumores, com indicação de remoção cirúrgica:
Consiste em criar estruturas de suportes (tecidos moles e osso alveolar) adequadas para subseqüente colocação de aparelhos protéticos diretos ou sobre implantes, sendo cada vez mais realizadas, visto que a exigência pela estética é cada vez maior.
Este detalhe abre espaço para substitutos ósseos definitivos, que mantém o formato e servem apenas para modelar tecidos moles e de suporte, em casos de próteses totais e ou faciais. Aplicado aos implantes, estes substitutos ósseos e a cirurgia pré-protética permitem inúmeras opções de reconstrução.
Além de permitir a substituição óssea e suporte tecidual, a cirugia pré-protética permite adequar o osso e tecido mole (gengiva) a receber o implante e a reabilitação final, melhorando a estética.
Muitas vezes este passo é necessário previamente á qualquer procedimento de implantes ou corretivos gerais, exatamente por preparar o caminho para a melhor reabilitação possível.
Também, apenas com exames adequados (tomografias) e um bom planejamento é possível verificar o real benefício que este procedimento é capaz de fornecer. O procedimento abaixo demonstra como corrigir tecidos irregulares e permitir a futura colocação de implantes.
• Alveoloplastia Simples Associada com a Remoção de Múltiplos Dentes
• Alveoloplastia Intra-Septal
• Redução da Tuberosidade Maxilar
• Remoção de Toros Mandibulares e Maxilares
• Exostose Vestibular e Irregularidades Excessivas
• Exostose Lateral Palatina
• Redução da Crista Miloióidea
• Redução do Tubérculo Geniano
• Redução do Excesso de Tecido da Área Retromolar - Cunha Distal
• Excesso de Tecido Mole na Porção Lateral Palatina
• Tecido com Hipermobilidade sem Suporte
• Hiperplasia Fibrosa Inflamatória
• Hiperplasia Papilar Inflamatória do Palato
• Frenectomia Labial / Lingual